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Anúncio reprovado por “destino não correspondente”: o que o Google Ads não fala (e saiba como resolver)

O motivo da reprovação do seu anúncio por destino não correspondente pode ser outro

Neste post você aprenderá o motivo provável (e que não consta na documentação de suporte da Google) da reprovação de anúncios de texto do Google Ads com o status “Destino não correspondente” ou “Destination mismatch” em inglês.

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A cena geralmente é a mesma: você criou uma campanha e um ou mais grupos de anúncios dentro dela, redigiu os anúncios com carinho, o status “Em revisão” aparece e minutos depois ele muda para “Reprovado: destino não correspondente” (geralmente acompanhado de um e-mail de notificação do Google, dependendo das suas configurações).

E então muitos de nós clicaremos em “Ler a política” ou em “Saiba como corrigir um anúncio reprovado” para tentar encontrar uma solução para o problema e fazer com que nossas campanhas comecem a rodar o mais rápido possível.

O que a documentação da Google diz sobre este tipo de reprovação

As causas que o suporte Google Ads aponta são:

1. Seu anúncio não reflete de forma exata o endereço para onde o visitante será direcionado.

Exemplos:

  • A URL de visualização (a que aparece no anúncio de texto) é “um-site.com.br” mas ao clicar o usuário é levado a “outro-site.com.br”;

Google Ads anúncio URL de visualização

  • Usar a função de inserção dinâmica de palavra-chave no domínio de nível superior ou domínio de nível secundário da URL de visualização, ou seja “{keyword}.com.br”, de forma que um usuário que fizer uma busca por “camisetas de algodão baratas” veria uma URL de visualização “camisetasdealgodaobaratas.com.br”.

2. Domínios ou extensões de domínios na URL de visualização que seja diferente da URL de destino final.

Exemplos:

  • URL de visualização é “um-site.com.br” e a URL de destino final é “outro-site.com.br”;
  • URL de visualização é “um-site.com.br” e a URL de destino final é “um-site.org”.

3. Não usar um subdomínio para diferenciar de maneira nítida um site de todos os outros sites que estiverem debaixo do domínio principal.

Exemplo:

  • URL de visualização: “um-site.com.br” e URL final é “loja.um-site.com.br”

4. Redirecionamentos da URL de destino final que levam o usuário a outro domínio.

Exemplo:

  • A URL final é “um-site.com.br” redireciona para a URL “um-site2.com.br”

5. Modelos de acompanhamento (rastreamento do clique e origem do usuário) que não direcionam para o mesmo conteúdo que a URL de destino final.

Exemplo:

  • Um site de e-commerce onde a URL final leva o usuário a uma página de categoria de produtos (exemplo: “Bolsas de couro”), mas o modelo de acompanhamento leva o usuário para a página de um só produto específico (exemplo: “Bolsa de couro modelo X”).

O que o suporte do Google Ads propõe como medidas de resolução do motivo “Destino não correspondente” é, basicamente:

1. Rever as URLs tendo em vista os padrões acima;
2. Editar as URLs para que fiquem em conformidade com a política.

Se você já leu a documentação do Google com as possíveis causas e já percorreu os passos acima mas ainda não conseguiu fazer com que o anúncio seja aprovado, saiba que há um motivo provável que ainda não consta no suporte Adwords – e que pode ser o seu caso.

“Destino não correspondente”: um motivo bem provável que o suporte Google Ads ainda não contempla

Geolocalização, também chamada de GeoIP. A geolocalização é um recurso que faz com que o seu site fique disponível somente para visitantes que estiverem dentro de uma região geográfica. Visitantes que acessarem o site fora dessa área não conseguirão acessá-lo ou serão redirecionados para outra versão do site feita para a região em que estiverem. O problema de se usar o GeoIP em sites que recebem tráfego de campanhas Adwords vem na seguinte sequência de eventos, observe:

1. Você cria sua campanha e grupo(s) de anúncios;
2. Você redige os anúncios de texto;
3. Ao salvar os anúncios, eles entram no status “Em revisão”;
4. Durante a revisão, o bot (ou “robô”) da Google faz a verificação automática do conteúdo do anúncio e URLs de destino, entre outros. Ou seja, em uma das etapas da revisão, o bot visita a página de destino do anúncio. Eis o problema: o robô da Google que faz essa visita de teste está em servidores em várias partes do mundo.
5. Ao visitar a URL com GeoIP, o bot da Google percebe o redirecionamento para a versão do site feita para a região de origem dele, e então o anúncio é reprovado e assume o status “Reprovado: destino não correspondente”. Exemplo:

Você tem um site feito somente para receber visitas do Brasil: exemplo.com.br e outro site com o mesmo conteúdo em inglês feito para receber visitas somente dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra: exemplo.com (sem o “.br”).

Se alguém no Canadá tentar acessar o site brasileiro (exemplo.com.br) será redirecionado ao site do Canadá (exemplo.com).

Se alguém no Brasil tentar acessar o site em inglês (exemplo.com) será redirecionado ao site do Brasil (exemplo.com.br).

Se você criar campanhas do Google Ads para algum destes sites, assim que os anúncios de texto entrarem em revisão o bot do Google – saindo de um ou vários países diferentes do país do seu site de destino – visitará a URL final de cada um deles e acusará o redirecionamento (e então vem a mensagem de “Reprovado: destino não correspondente”).

Google Ads Googlebot vem de servidores de todo o mundo

Possibilidades para resolver o problema e considerações

Se você se encontra na situação descrita acima (usa geolocalização no seu site), e por isso seus anúncios vem sendo reprovados, veja as considerações abaixo e opções sobre como proceder:

Não adianta ligar para a Google e pedir revisão manual porque periodicamente os anúncios (mesmo os que estão ativos e aprovados) são testados pelo bot Adwords. Ou seja, mesmo se alguém (um humano) do suporte aprovar seu anúncio, é bem provável que ele seja reprovado novamente em algum momento depois;

Nenhum de nós (anunciantes do Google Ads) jamais poderá ter qualquer controle sobre a origem da visita do bot da Google durante a revisão de anúncios. Pensando racionalmente (e eticamente), é mais do que certo que o sistema Adwords sempre acuse qualquer tipo de redirecionamento em URLs de destino nos anúncios. Se essa etapa da revisão não fosse feita teríamos um precedente perigosíssimo para todo o tipo de fraudes e ilicitudes. Por exemplo, seria possível fazer um anúncio sobre um produto voltado para crianças e mostrar outro conteúdo voltado para os pais depois do redirecionamento, na URL final.

Uma solução seria retirar a geolocalização, liberando o acesso aos sites. Usando novamente o exemplo acima (do site brasileiro e do site em inglês) como modelo, bastaria que as referências ao site em inglês (links) fossem retirados do site brasileiro, e o mesmo fosse feito no site em inglês (retirar os links para o site brasileiro). Assim, o público de um país teria mais empecilhos para conhecer o site equivalente de outro país. Outra possibilidade seria retirar a geolocalização, mantendo os links dos sites de outras regiões em cada um dos sites (o site brasileiro teria links para o site em inglês e vice-versa). O acesso aos sites seria livre para qualquer pessoa, de qualquer país. A Amazon não restringe visita de brasileiros ao site americano, não é verdade?

Outra possibilidade seria unificar os seus sites em um só domínio e oferecer idiomas diferentes como opção.

Conclusão

Campanhas Adwords e sites com geolocalização restritiva não são uma boa combinação. Cedo ou tarde, o status dos anúncios sempre aparecerá como “Reprovado: destino não correspondente” depois da revisão, tudo por causa do redirecionamento durante o teste da URL final feito pelo bot do Google Ads. Para sites que recebem tráfego de campanhas Adwords o ideal é não usar geolocalização (GeoIP) e buscar alternativas (como as acima).

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